Daniel Pereira manager do futebol na Austrália


Daniel Pereira nasce em Santa Cruz. Fica na Madeira até aos 20 anos, altura em que é chamado a cumprir o serviço militar obrigatório. Vai para Angola.
O regresso não tem a Madeira na rota. Segue mais para norte, para França. Ali fica dois anos. Trabalha numa fábrica de água mineral.  Decide vir para a sua terra Natal. Mas por pouco tempo.

Tem os sogros na Austrália. É o suficiente para se sentir atraído e partir para Sidney em 1973. Uma carta de chamada do sogro resolve as questões burocráticas.

Primeiro começa a trabalhar numa fundição de ferro. Mas o calor incomodo-o. Dois meses depois muda para uma fábrica de margarina. Ali trabalha 18 anos.
Entretanto, a fábrica muda. E tem de procurar outro emprego. Segue para as limpezas, onde se encontra há 17 anos.
Durante a sua atividade profissional dedica algum do seu tempo ao Portugal Madeira Club, do qual é sócio desde o Natal de 1977, embora comece efetivamente em Janeiro de 1978. É levado pelo conselheiro das Comunidades madeirenses e comendador António Ferreira.
Em 1979 é convidado para fazer parte da direção do clube que não pára de crescer. Por acreditar nas pessoas que integram a equipa, aceita o desafio.
Depois, é convidado para ser vice-presidente da direção e ficar com a gestão do futebol, que tem mais de 100 jogadores.
Quando pega na equipa, está na quinta divisão interurbana. Mas Daniel Pereira tem ambição para a equipa e contrata o melhor jogador da Austrália. Diz que os chamam de loucos. Embora em fim de carreira, este jogador que chegou a ser 46 vezes internacional pela seleção australiana, marca 17 golos nessa época. Perdem o campeonato no último jogo. Contudo, no ano seguinte o clube é campeão. O mesmo acontece nos quatro anos seguintes. E sobem da quinta divisão à primeira da liga estadual, onde ainda se encontram.
Contudo, há algum tempo deixou estas funções porque interfere com o seu trabalho que é, essencialmente, durante a noite.
Daniel Pereira diz que a comunidade convive muito entre si. Replicam todas as festas madeirenses.
No entanto, sublinha que também estão bem integrados na sociedade local que os acolhe com normalidade.
Vem à Madeira de férias com alguma regularidade. A última vez foi por estes dias, altura em que conversamos tranquilamente no restaurante Macaronésia do Mercado dos Lavradores.
Neste momento está na Venezuela com uma irmã que não vê há muitos anos, e igualmente com um irmão. O regresso à Austrália está marcado para a segunda metade de Outubro.

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