Fernão Perestrelo quer ficar no Quebec

Fernão Perestrelo nasceu na freguesia de São Pedro, na ilha da Madeira, em 1939. Estuda por cá até ao antigo sétimo ano, actual 11º ano de escolaridade.
Nessa altura era o último do secundário.
Deixa o Funchal para ir para Lisboa. Segue para a Faculdade de Letras. Faz o curso de Linguística Românica.
Depois estuda igualmente em faculdades no estrangeiro. A Suíça, a Itália e a França são os países por onde passa.

Além de ter ensinado ainda estudante e preparando a tese em Lisboa, diz que a verdadeira vida profissional começou na Inglaterra. Ensina três anos na Universidade Leeds. Na altura como Leitor.
Depois ensina durante dois anos nos Estados Unidos da América, contratado pela Universidade de Washington, em St. Louis.
Em 1970 vai para o Canadá.
Concretamente, segue para a Universidade de Laval, no Quebec. É a mais antiga do Canadá.
E ali ficou até hoje.
Fernão Perestrelo confessa que gosta muito da universidade e da cidade que considera muito europeia. “Sinto-me bem. Não é muito grande. Tem entre 600 a 700 mil habitantes, e uma oferta cultural muito, muito grande”.
Além disso sublinha que o Quebec tem uma universidade com cerca de 38 mil alunos.
Em relação à componente cultura diz que é muito intensa.
Fernão Perestrelo continua a ensinar na faculdade, mas confessa que se vai aposentar em breve. Mas quer fazer uma transição para que o Ensino continue sem quebras.
Recorda que durante todos estes anos, tudo o que era literatura portuguesa ou brasileira refere que tinha de fazer. Daí querer que tudo continue a ser abordado o que acredita que irá acontecer com um assistente brasileiro que trabalha consigo há 22 anos.
Depois disso Fernão Perestrelo não pensa regressar para a Madeira que deixa bem claro ser só para férias. Compara a cidade do Quebec com o Funchal e diz que na capital madeirense há um vazio cultural muito grande. Além disso, diz que para vir à Madeira demora quase um dia. Embora a distância não seja grande, a inexistência de ligações directas obrigam a muitas escalas.
Reconhece que o Inverno no Quebec é muito rigoroso e o Verão mais quente que a Madeira. Contudo, sublinha que tem possibilidade de ir de férias para zonas próximas, como o México e as Caraíbas.
Além disso, diz que o clima não constitui um handicap.
Além da vida de professor, é igualmente consul honorário de Portugal no Quebec.
Quanto a famílias portuguesas na cidade onde reside, adianta que, no máximo, existem 700 famílias, muito integradas, que emigraram há 40/50 anos. Diz que o português destas famílias começa a estar esquecido. Para a conversa ser mais célere tem de ser em francês.
Desconhece madeirenses na cidade, não na Província do Quebec que tem, inclusivamente com com associações e que, no geral, terá cerca de 60 mil portugueses.
Hoje diz que quem vem de fora está muito bem integrado, o que não acontecia muito antigamente.

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