José Alberto Pita empreendedor na Venezuela

José Alfredo Pita nasce na Madeira, no Funchal, onde vive até os18 anos, altura em que parte para a Venezuela. Um país que vai encontrar em pleno desenvolvimento.
A escolha é feita depois de muito ouvir falar na Venezuela. Ouvia histórias dos Estados Unidos da América, mas entendeu que queria outras aventuras.
Hoje, a esta distância, reconhece que encontrou um país muito solidário. Especialmente os locais o eram com a emigração portuguesa. Diz que esta realidade ainda se passa atualmente.

Em 1978 começa a trabalhar numa empresa de um primo que fornece comida para os navios cargueiros que demandam a Venezuela. Ali fica cerca de um mês e meio. Não é o que procura.
Sai e vai trabalhar na restauração. Por ali fica uns 15 anos. Curiosamente, começa a trabalhar em Puerto Cabello, a cidade que o acolhe quando chega e que possui um dos portos de maior importância económica e histórica do país.
Vai mudando até chegar a Caracas, a capital, que fica a 400 quilómetros da cidade portuária.
Quando chega à capital, continua a trabalhar em restaurantes durante três anos.
Mas considera que não é ainda o que deseja. Sente que é um negócio exigente do ponto de vista da sua presença.
Muda radicalmente de negócio. Passa para os têxteis e cabedais. Começa como representante de uma empresa de um comerciante português que reside na Venezuela. Distribui as peles que as fábricas transformam em sapatos.
Deixa essa área para se estabelecer, pese embora já tenha sido proprietário de dois restaurantes. Vê emigrantes italianos e espanhóis com progressos diferentes e quer juntar-se a eles para ser diferente das áreas de intervenção dos portugueses.
Assim, começa a ser vendedor por sua conta. O primeiro negócio em Caracas é uma loja de venda de artigos de cabedal terminados para homem e senhora.
Na sequência desse investimento,monta uma fábrica desses produtos para fornecer as suas duas lojas.
Guarda grandes recordações desse tempo. Um tempo em que tem oportunidade de trabalhar para os militares.
Mas, a dado momento, entende que esse não é ainda o caminho.
Aposta na venda de lenços de pano para homem. Uma pesquisa indica que tem margem para crescer. Há falta desses produtos no mercado. Na Venezuela é bem visto um homem ter dois lenços no bolso.
Um para uso pessoal e outro para a senhora.
Compra o produto quase terminado na República Checa, trabalha-o à sua imagem e vende. Ainda hoje mantém essa linha.
Neste negócio, tem a oportunidade de ter um franchising da linha Barbie.Vende as meias com a marca da boneca.
Complementa estes artigos com outros artigos de roupa para criança. É então que decide abrir uma loja para vender estes produtos. Neste momento tem três lojas e estuda a abertura de uma quarta.
Há dois anos entra no negócio de cosmética, contando com o apoio da mulher, venezuelana, filha de italianos.
No meio de tudo isto decide investir na Madeira, na área de papelaria, mas não sai como espera. Tem de mudar algumas vezes a administração e acaba por decidir encerrar a empresa.

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