Joe Veloso reergue em Jersey aos 50 anos


José Honorato Viana Veloso, mais conhecido por Joe Veloso, nasce no Funchal no dia 22 de Novembro de 1950. Está na Madeira até aos19 anos. Depois vai para o continente. Para a tropa. É mobilizado para o ultramar, concretamente para Angola, onde fica três anos. «Deu para cheirar um pouco da pólvora», disse.
Regressa à então metrópole, em 1973. Fica em Lisboa até depois da revolução de Abril de 1974. Confidencia que até acordou com o barulho do rompimento com o regime fascista.
Deixa Portugal e vai para Estugarda, na Alemanha. A intenção é tirar um curso de indústria hoteleira. Uma vez terminado regressa ao Funchal. Por aqui fica e trabalha, como diz, meia dúzia de meses.
A dada altura vai com a família visitar Jersey, onde vive a sogra.

O dono do hotel onde fica hospedado vem depois à Madeira numa «exchange visit», como refere ainda com o português pleno, mas já moldado nas entoação inglesa.
Na Madeira conversam mais demoradamente e lança a proposta a Joe para ver se quer ir para Jersey.
Aceita o desafio. Pede licença, que lhe é concedida, na empresa onde trabalha «para aperfeiçoar o inglês». Vai para a ilha do Canal em Abril de 1975, para o Beach hotel, em Gorey. Uma das três unidades da ilha.
Quatro anos depois passar por vários departamentos e é promovido para dirigir um dos hotéis do grupo. Este era o tempo necessário para poder exercer um cargo de direção em Jersey.
Seis anos depois, passa a ser o diretor geral do grupo. E, mais tarde, é sócio-gerente.
Compram mais hotéis.
Chegam a vir à Madeira para investir na ilha. Recorda um terreno que diz ser lindo, no Caniço de Baixo, onde hoje está o Riu Palace Hotel.
Mas recorda que a primeira guerra do Golfo afugentou o turismo de Jersey e o grupo começa a enfrentar problemas de tesouraria. Não chega a ir à falência, mas têm de pagar as dívidas ao banco.
Encerrado este processo, diz que, aos 50 anos, começa de novo.
Vende uma propriedade que tinha emJersey e cria o St. JamesWine Bar & Night Club, em Helier St.
Felizmente reconhece que, daí para a frente foi um «sucesso maravilhoso».
Hoje diz que os problemas da economia mundial também se fazem sentir em Jersey. Faltam turistas e dinheiro a circular.
Apesar de trabalhar com afinco confidencia que vem à Madeira cerca de 10 vezes por ano, quatro a cinco dias de cada vez. Tem casa no Centromar, no Funchal, que diz ser o seu retiro.
Curiosamente, em Jersey mora na Funchal St, inaugurada oficialmente no dia 1 de
Julho.


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